BALANÇO DA PARTICIPAÇÃO NA 3ª DIVISÃO NACIONAL DE CLUBES

A equipa masculina de pista do Atlético Clube de Vermoil, escreveu, no passado fim-de-semana uma página importante do seu historial desportivo, mas também do seu Concelho.
Há décadas que o atletismo pombalense não participava nos campeonatos nacionais de clubes de ar livre. Foi em Abrantes que se realizaram os campeonatos da 3ª divisão e os 16 (!!!) heróis deste nacional foram: Wilson Martins, Rodolfo Lacerda, Wilson Conniott, Joel Marques, Luís Sousa, Cristiano António, Kevin Santos, Joel Gomes, Ernest Kibungu, Vasco Marreiros, Ricardo António, Nuno Marques, Pedro Almeida, João Oliveira, Ivanildo Barreto e João Ritto!!!
Esta é uma equipa muito jovem, consequentemente, com uma boa margem de progressão e por isso não será uma surpresa vermos uma equipa masculina do ACV a participar nos campeonatos nacionais de clubes, em pista coberta, na 2ª divisão, já na próxima época. Saber esperar é uma virtude. Vamos trabalhar para isso. Não há milagres, lol.

Numa análise por atleta na participação neste campeonato:

Wilson Martins – competiu individualmente nos 100 e 200 metros e na estafeta de 4x100 metros. Tem um ano de atletismo e, como tal, ainda irá evoluir muito, os recordes pessoais que estabeleceu de 11.30 e 23.40 segundos, serão apenas uma passagem para marcas que o projectarão até à internacionalização pelo seu país, Cabo Verde. Deu 13,25 pontos à equipa, muito bom.

Rodolfo Lacerda – O ACV precisa de um corredor de 400 metros capaz de percorrer esta distância em menos de 51 segundos. Este registo está ao alcance do Rodolfo. O treino regular permitir-lhe-á fazer este registo já na próxima temporada. Depois é partir rápido e aguentar. Estes 54.40 feitos no passado sábado não podem corresponder ao real valor deste atleta. Deu 2,5 ponto à equipa. Vai ter de dar mais, ah pois :D

Wilson Conniott – É, claramente um atleta em formação!!! Alguém disse que o corredor de meio fundo curto não tem de treinar velocidade, força rápida e técnica de corrida??? Vai ter de treinar muito todas estas características. Depois poderá ser um dos bons corredores deste país. Tem um anito de atletismo. O Wilson ainda vai dar muitas alegrias à massa associativa do ACV. E o SLB se o quiser levar vai ter de pagar muito bem ;-) Fez uns 1.500 e uns 800 metros normais a uma semana do campeonato nacional de juvenis… Deu 12 pontitos ao ACV. Não podia dar mais.

Joel Marques – Tem menos de um ano de prática irregular de atletismo. Mora longe das pistas, mas há um lugar para ele nesta equipa. Pode ser nos obstáculos e também nos 5.000 metros. A próxima época será decisiva para ele. Fazer mínimos para campeonatos nacionais tem de ser uma meta a atingir. Fogo, só de pensar o que sofremos durante toda a prova de 3.000 metros :/ quase que não pontuava. Os 6 pontos alcançados para o somatório da equipa são justos e merecidos.

Luís Sousa – Correr 5.000 metros já não é fácil, nas condições ventosas que o Luís encontrou em Abrantes na tarde do passado sábado tornava a missão de pontuar quase impossível. Vamos continuar a contar com ele. Mas os mais novos vão ter de suar muito para lhe tirar o lugar. Bale, hombre!!!

Cristiano António – Fazer uma prova de 5.000 metros marcha com uma perna entrapada dá muito nas vistas. Houve dois juízes de marcha que não gostaram muito da cor das bandas elásticas que o Cristiano usou e então optaram por lhe mostrar uma raquete com uma onda, lol, ainda é cedo para ir para a praia. Agora a sério, o Cristiano mostrou que é um atleta que vive alguns dos objectivos colectivos do clube e pôde assim contribuir com 7 pontos do 2º lugar, a melhor classificação, igualada, dos atletas do ACV nestes campeonatos. Há, e perdeu com um marchador olímpico que anda mais depressa que alguns corredores :s

Kevin Santos – Não é para um juvenil qualquer passar barreiras a 1,06 metro. Passar 10 em cerca de 17 segundos é mesmo muito difícil. O Kevin vai ser ainda mais útil ao ACV nas próximas participações em campeonatos de clubes;) Um futuro internacional a dar 4,25 pontos já com o pensamento no nacional de juvenis….

Joel Gomes – Um juvenil em ascensão à procura de um lugar mais alto. Com este empenhamento vai progredir muito e ser muito útil ao ACV. Treinador que se preze e amigo dá tarefa dura ao seu atleta. Muita generosidade e falta de experiência atraiçoam os melhores. Deu 1,25 ponto ao team. Parabéns!!!

Ernest Kibungu – Um dia menos bom para o Ernest fez com que ficasse muito aquém do seu potencial nos saltos em altura e comprimento. Contribuiu com 3 pontitos para a classificação final do ACV!

Vasco Marreiros – Um bom baptismo para o Vasco em campeonatos de clubes e por pouco não chegava ao mínimo para o nacional de juvenis do triplo salto. Foram os primeiros 4,25 pontos que deu ao ACV em finais de clubes ;P

Ricardo António – É aquela base… Ainda não foi desta que transpôs a fasquia a 6,15 metros mas também não falta tudo xD creio que lhe faltou o apoio do treinador adjunto:s maldita carraça, tssss Mesmo assim deu 6 brotais pontos para o nosso ACV.

Nuno Marques – O ACV não pode estar tão bem assim, ou será que o treinador é mesmo bom e ainda polivalente, ui, ui! Mas quantos atletas do ACV se podem orgulhar de ter dado 11 pontos num só dia. E até que podem ter sido mais. Gajo generoso ;-)

Pedro Almeida – Grande martelista. Uns lançamentos muito compenetrados e pimba, toma lá 7 pontitos. Ainda faltam os campeonatos Distritais e os das Beiras. Vão ver :D

João Oliveira – Ganda Totta!!! Dois percursos de estafetas e 2,5 pontos mais que deu para o ACV. Vê lá mas é se treinas pah -.-

Ivanildo Barreto – Não é racismo, foi mesmo sem querer que deixei o Ivanildo para o fim. Eu vi, ele suou a camisola do ACV e deu 1,25 pontos.

João Ritto – Tal como Ivanildo deu 1,25 pontos ao clube numa grande estafeta de 4x400m. Pelo que se esforça e trabalha tá de parabéns e será sempre de o ter em conta nos campeonatos de clubes.


Fazer num ano uma equipa para participar em 21 provas, muito diferenciadas como são as corridas de velocidade, barreiras, estafetas, resistência, obstáculos, 4 saltos muito diferentes entre si, e 4 lançamentos de características técnicas muito complexas, tornam esta participação como uma “missão impossível”. Não dava mesmo para fazer melhor ainda por cima com as lombas cavadas que encontrámos durante o fim-de-semana não nos foi permitido subir ao pódio @.@

Carlos Carmino

Técnico ACV e DTR e DTN Marcha